Por ser filha de médica, a maior parte das vezes que fiquei doente, não fui ao médico, muito menos ao hospital. Fui tratada em casa. Isso fez com que eu não tivesse atestados, além de não ter o costume de visitar doutores. Isso ampliou minha fobia, que antes era só com sangue.
Porém, o ano de 2011 tem sido bem diferente para mim, e uma das principais diferenças é que estou tendo o costume de visitar médicos quando doente. E esse ano eu já fiquei doente duas vezes, uma bem próxima da outra. Ultimamente estava me recuperando de uma sinusite + faringite que me deixou de cama por uma semana.
Ontem de manhã, uma coceira no meu olho começou a me irritar. Virou uma conjuntivite alérgica. Meu olho está inchado, porém não vermelho. Coça, dói, arde, incomoda. E de novo eu começo a pensar na utilidade da dor.
Talvez a dor não esteja intimamente ligada a uma utilidade específica da qual ela teria que exercer. Mas certas coisas acabam adquirindo utilidade com o passar do tempo.
A dor é uma delas. Por vezes pensamos ser grandes, invencíveis, destemidos, com uma arrogância bem peculiar e irreverente. A doença vem para lembrar-nos que não somos nada. As vezes estamos em uma ótima condição, mas mesmo assim sempre encontramos motivos para reclamar. Então presenciamos a dor de outro, e vemos que estamos em condições melhores.
Não sou do tipo de pessoa que adora fazer comparação com o exterior, não é porque uma pessoa não é feliz, que eu também não possa ser. Acho que cada um tem o direito de procurar a sua felicidade. Porém, poucos tem a virtude de ajudar alguém a achar a felicidade do mesmo. É, a dor deveria nos fazer sermos mais solidários.
Todos nós, seres humanos, sentimos, estamos sentindo ou sentiremos dor. Em maior ou maior grau, em menor ou maior duração. Que tal buscarmos utilidade para tal, e aprendermos? Fica a dica...
domingo, 21 de agosto de 2011
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